Conhecendo a Comunidade-Luz Figueira

Às 8h da manhã do primeiro dia do mês de novembro, partiu de Carmo da Cachoeira (MG) um ônibus da Comunidade-Luz Figueira rumo a F2 (Figueira 2), levando 21 estudantes do 1º ano do Ensino Integral da Escola Estadual Professor Wanderley Ferreira de Rezende, para que participassem de uma atividade ligada ao processo de plantio orgânico sustentável, ofertada pelo Setor Sementes da Comunidade.

A atividade foi acompanhada por Selmara, professora de Gestão Ambiental, e Flora Agni, professora estagiária de Geografia. Em F2, a turma foi recebida por Frei Renato, monge da Ordem Graça Misericórdia, coordenador do Setor Sementes da Comunidade, que, além de compartilhar conhecimentos e experiências com todos, apresentou o banco de sementes crioulas e realizou atividades de campo com os jovens no berçário de mudas e na horta orgânica. Os alunos também tiveram a oportunidade de conhecer novas formas de plantios, como a agroflorestal, que é feita em harmonia com toda a floresta e os ecossistemas.

“O Ensino Integral é um programa do Governo Federal no qual o jovem passa o dia na escola, tendo mais tempo a ser aproveitado com outras matérias, como, por exemplo, música e atividades externas à escola, tais como: visitas a parques, ONGs, equipamentos culturais e projetos diversos. Passar a manhã e a tarde dentro da escola não faz sentido. Então, o corpo pedagógico da escola se esforça para encontrar lugares e atividades que ajudem os jovens a se desenvolver, aprender, expandir sua consciência”, expressou Flora Agni.

Ao todo, duas turmas de cerca de 40 alunos cada participaram da atividade, divididas em quatro grupos de 20 alunos para as visitas. Esses encontros ocorrerão semanalmente.

Conhecendo novos caminhos

O objetivo da atividade é apresentar aos jovens, mais acostumados ao sistema tradicional de agricultura, uma relação alternativa, pura e pacífica com a terra e os demais reinos da natureza, sem a utilização de mecanismos que possam modificar ou agredir a essência das espécies e o resultado material do processo: um alimento orgânico, mais saudável.

“Pensei que este passeio seria só mais um como os outros. Mas, desta vez, gostei bastante, todos participaram […]. Nem imaginava que existiam outros tipos de sementes, com uns nomes estranhos […]. Antes de conhecer essas coisas, eu não tinha muito interesse em experimentar. Para mim, era só uma coisa boba. Mas não! É muito bom mexer com a terra e as sementes […]. Aprendem-se coisas novas e de bom incentivo. Tivemos até umas ideias […]. Foi maravilhoso passar um tempo com o pessoal, aprendendo. E o melhor de tudo é que todos nós demonstramos interesse em aprender, participar e voltar algum dia para ver como ficou e fazer novamente o que fizemos hoje”, compartilhou a aluna Polianne Maria Silva Mateus.