A metodologia de alfabetização na Escola Parque Tibetano
A Alfabetização na Escola Parque Tibetano é realizada de um jeito muito especial.
Muito antes da criança aprender as letras, todo um processo de observação, para entender se ela está realmente pronta para esse aprendizado, é feito. Ela demonstra no brincar e nos sinais do corpo; por exemplo, quando os dentes de leite começam a cair, é um indício de sua prontidão para ingressar nessa fase de grandes descobertas!
Inicialmente, a criança é apresentada ao mundo das formas em um período que se trabalha retas e curvas, e só depois chegam as letras com histórias, poesias e muita música. “É um processo lento, que respeita o pleno desenvolvimento das crianças, não só do mental, mas também do físico e do espiritual”, explica Anália Calmon (Acácia), uma das fundadoras da Escola.
Cada letra é trabalhada por 3 dias: no primeiro se apresenta a história, no segundo as crianças brincam com o som, e por último chegam as palavras. O aprendizado das letras é intercalado com o aprendizado dos números. “Quando deixamos um tema adormecer e o retomamos depois, ele volta com força total, acontece um aprendizado profundo na criança”, relata Acácia.
A professora voluntária do 1º ano, Camila Lee, conta que, para aprender as letras, as brincadeiras envolvem muito movimento: “As crianças andam sobre a letra desenhada no chão, formam as letras com o corpo, brincam de escrever nas costas um do outro. A alfabetização é uma experiência que usa todos os sentidos”.
A Escola Parque Tibetano tem uma metodologia própria de ensino e aprendizagem, reunindo inspirações de diferentes linhas pedagógicas, como a Antroposofia, a Pedagogia Waldorf, a Metodologia de Projetos e a Pedagogia de Emergência. Seu propósito é oferecer uma educação de qualidade, com foco na formação integral do ser e que promova a cultura de paz, o serviço para o bem comum e o cuidado com o planeta e todos os reinos da natureza.
Atualmente, atende 52 crianças, da pré-escola ao 9º ano do Ensino Fundamental, sem cobrança de mensalidade, mantendo-se exclusivamente por meio de contribuições espontâneas e da organização de eventos realizados pelas famílias.
Está localizada na cidade de Carmo da Cachoeira, no sul de Minas Gerais, no Brasil, e tem como mantenedora a Associação Filantrópica Casa Luz da Colina, filiada à Fraternidade – Federação Humanitária Internacional (FFHI).
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