A Fraternidade – Federação Humanitária Internacional (FFHI) e a Irdin Editora estão lançando a primeira edição em inglês e espanhol e a segunda edição em português do Livro Fraternidade – Missões Humanitárias Internacionais, escrito por Ana Regina Nogueira.
O livro relata a história das missões humanitárias realizadas por voluntários da Fraternidade – Humanitária (FFHI), entre 2011 e 2018, no Brasil e em mais 16 países da África, América Latina, Ásia, Europa e Oriente Médio, somando 23 missões nacionais e internacionais. Estas missões representaram um passo além em uma história que começou em 1987, pois desde a origem do trabalho desta instituição os seus integrantes vêm se dedicando a desenvolver atividades de serviço
Nessa longa trajetória de amor, solidariedade e serviço abnegado, os voluntários da Fraternidade – Humanitária (FFHI) foram se adaptando, amadurecendo e aperfeiçoando a partir de cada experiência vivida, como no terremoto no Nepal, em 2011, no acolhimento aos refugiados da guerra na Síria, em 2015 e no atendimento aos milhares de migrantes venezuelanos, indígenas e não indígenas, que chegam ao Brasil e à Colômbia desde 2016, entre tantas outras.
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A narrativa do livro encerra no ano de 2018, mas as missões humanitárias realizadas pela Fraternidade – Humanitária (FFHI) prosseguem até os dias de hoje, nos cinco abrigos geridos pela instituição no estado de Roraima e no Alojamento de Trânsito na cidade de Manaus, localizados na região amazônica brasileira, que acolhem mais de dois mil migrantes e refugiados venezuelanos.
A Fraternidade – Humanitária (FFHI) iniciou sua ação em Roraima em novembro de 2016, na mesma linha que vinha desenvolvendo até então, atuando nas ruas para mitigar o sofrimento dos mais necessitados, norteada pela boa vontade e pelo resgate da dignidade humana, e buscando aplicar os melhores protocolos internacionais de respostas humanitárias. Em meados de 2017, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) propôs à Fraternidade – Humanitária (FFHI) uma parceria que representa uma ampliação na sua forma de atuação.
A partir de então, outras parcerias com outras organizações foram sendo estabelecidas e colaboraram para o amadurecimento do trabalho institucional da Fraternidade – Humanitária (FFHI). Entre outros, podemos citar o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), as Embaixadas do Canadá e dos EUA, Bethany Cristhian Services, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e as Forças Armadas por meio da Operação Acolhida. Esta Operação é desenvolvida pelo Governo Brasileiro, através do Ministério da Cidadania e Ministério da Defesa, para atendimento da crise humanitária no Norte do Brasil, e em conjunto com as demais agências vem desenvolvendo a terceira etapa desta resposta humanitária, conhecida como “interiorização”, que é a criação de oportunidades para que os refugiados encontrem meios de reconstruir suas vidas em outros estados do Brasil.
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Parte destas parcerias foram estabelecidas em outras respostas humanitárias, levadas a cabo pela Fraternidade – Humanitária (FFHI) depois do livro ter sido publicado, no início de 2019. Uma delas através da sua filiada que atua na Colômbia, Fraternidade – Missões Humanitárias Internacionais, em resposta à mesma crise migratória venezuelana, desenvolvendo um trabalho educacional com crianças e famílias e compondo o Grupo Interagencial para Fluxos Migratórios Mistos (GIFMM). Também respondemos prontamente ao desastre ambiental de larga escala acontecido em Brumadinho – Minas Gerais, com o rompimento de uma barragem de mineradora, onde prestamos auxílio veterinário aos animais e atendimento psicológico às famílias atingidas, atividade desenvolvida mensalmente, desde janeiro de 2019 até março de 2020 – trabalho que foi interrompido pela pandemia do coronavírus.
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Este amadurecimento, que vem desde as ações relativamente independentes desenvolvidas ao longo dos mais de 33 anos de história, passa pelas ações pontuais para ajuda humanitária ou emergências ambientais, e se consolida com as ações permanentes e as parcerias institucionais, levou a instituição a buscar se especializar na resposta humanitária e a encontrar a sua área de atuação mais efetiva.
A experiência com o Projeto de Educação “O Bem Comum”, criado pelos seus voluntários atuantes na resposta humanitária de Roraima para atender aproximadamente 3000 crianças em 10 abrigos, numa parceria com o UNICEF, e depois expandido para Manaus e Colômbia, levou à busca por formação na área da educação e a uma aproximação com a instituição Pedagogia da Emergência. Desta aproximação surgiu o Seminário de Educação em Situações de Emergência e Respostas Humanitárias, que foi realizado na Sede da Fraternidade – Humanitária (FFHI) e contou com especialistas de várias organizações.
Como fruto deste Seminário, a instituição conheceu o Manual Esfera, que estabelece os padrões mínimos para uma resposta humanitária. Surgido após o genocídio de Ruanda, no qual se detectou, devido à pouca efetividade da resposta, a necessidade de somar esforços e coordenar ações entre as diferentes organizações humanitárias, o Manual foi publicado pela primeira vez em 1998. Como já está na sua quarta edição, mas ainda não contava com uma versão em português, a Fraternidade – Humanitária (FFHI) entrou em contato com a equipe Esfera em Genebra e está traduzindo o Manual para este idioma, de forma totalmente voluntária. Este trabalho está em andamento e tem previsão de lançamento para agosto deste ano pela Irdin Editora, uma das filiadas da Fraternidade – Humanitária (FFHI).
Como aprofundamento desta nova parceria, a Fraternidade – Humanitária (FFHI) tornou-se um ponto focal do Manual Esfera no Brasil, o que lhe confere a responsabilidade de ampliar a difusão do Manual, que a partir da nova tradução, poderá ser feita não só no Brasil, mas também em outros países de língua portuguesa. Também lhe confere a responsabilidade de zelar pela aplicabilidade dos padrões internacionais de resposta humanitária no país, o que aponta para outra área de atuação que chega como fruto do amadurecimento de toda uma história de serviço abnegado.
Empreendendo os primeiros esforços como ponto focal do Manual Esfera, a Fraternidade – Humanitária (FFHI) vem realizando uma formação de seus voluntários – missionários e colaboradores globais. A formação é ministrada por seus missionários matrizes, em coordenação simultânea e virtual do Brasil e sua filiada de Portugal. Baseia-se no Manual Esfera e é complementada com sua vasta experiência de campo. Com apoio de material didático fornecido pela equipe Esfera, a formação conta com quase mil participantes da Fraternidade – Humanitária (FFHI), em 13 países.
Para o gestor geral da Fraternidade – Humanitária (FFHI), Frei Luciano, ao longo de todos esses anos a instituição foi se aperfeiçoando em suas ações na resposta humanitária, as quais “expressam seus valores éticos, de cuidado com os Reinos da Natureza, o despertar para a fraternidade, o bem comum, e o alívio do sofrimento imediato em situações emergenciais”.
A Fraternidade – Humanitária (FFHI) reúne 22 associações civis nacionais e internacionais que, com grupos coligados, prestam serviços voluntariamente, de forma independente e neutra. Acolhe todos os credos, culturas, religiões e não tem vínculos com grupos políticos ou econômicos.