Quinta-feira 07/09 a quarta-feira 13/09

A quinta-feira, 7, iniciou com um mutirão de limpeza no CRI – Centro de Referência ao Imigrante, em toda a parte interna do ginásio.

Formação de agentes de saúde

Imigrantes ajudando no atendimento de saúde

Continuaram os atendimentos de saúde, agora com a ajuda de imigrantes indígenas, que passarão a receber treinamento da Universidade Federal de Roraima (UFRR) para aturem no abrigo como agentes de saúde.

Voluntária da igreja Evangélica que trabalha com a tarefa de artesanato (miçangas e costura), recolheu algumas peças de artesanatos produzidos pelos imigrantes para serem expostos em um festival sobre a Venezuela. Três indígenas irão participar do evento.

Doações dos Mórmons

Na sexta-feira, 8, os missionários recolheram em um comércio local a doação de alimentos feita pelos Mórmons para os refugiados do abrigo.

Os Mórmons também entregaram na Casa de São José (CSJ) diversas doações para o abrigo: materiais para a atividade de costura (panos, linhas, agulhas e tesouras), materiais escolares para a escolinha (quadro branco, cadernos, lápis, massa de modelar e pastas) e equipamentos para jogos de vôlei (rede, bolas e marcadores de chão).

A Defesa Civil montou duas barracas no CRI para servir de sombra para os carros da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.

Continuaram trabalhos de artesanato com as miçangas.

Bebê recém-nascido em maternidade de Boa Vista chegou ao abrigo com a mãe.

Distribuição de produtos de higiene

No sábado, 9, foi realizada a distribuição de produtos de higiene para todos do abrigo.

Grupo da Igreja Assembléia de Deus fez atividades recreativas com as crianças e serviram lanche.

Dois alunos de curso superior estiveram no abrigo e conversaram com os imigrantes para saber da situação da Venezuela e a deles em Boa Vista.

Significados nas miçangas

Colar formado com uma sequência de triângulos representando o Arco-Íris

Segundo explicou a missionária Cláudia, da Fraternidade – Federação Humanitária Internacional, cada desenho feito nos colares com as miçangas tem um significado, uma representação.

“Quando o irmão indígena nos disse que cada desenho feito nos colares tinha um significado, ficamos imaginando quantas riquezas guardadas este povo traz consigo. Eles estão batendo aqui à nossa porta e é uma oportunidade de aprendermos com eles e também ajudá-los a resgatar aquilo que seus antepassados viviam”, disse Cláudia.

No domingo, 10, os missionários foram ao Núcleo-Luz de Figueira em Roraima e acompanharam transmissões de eventos da Fraternidade. No final da tarde realizaram a reunião da Missão na Casa de São José, onde foram organizadas as atividades da semana.

Brigas entre imigrantes indígenas e não indígenas

No início da noite o grupo recebeu a notícia de um indígena que havia se envolvido em uma briga na praça que fica próximo ao abrigo, e estava ferido no rosto e com o ombro deslocado. A briga foi entre ele e um imigrante venezuelano não indígena, e depois se estendeu a outras pessoas dentro do próprio abrigo. A polícia interveio no local e realizou rondas posteriores.

“Neste acontecimento ocorrido de noite nós não nos deslocamos até o abrigo, tudo foi resolvido pelas autoridades, com nosso apoio à distância”, explicou Cláudia.

Limpeza do abrigo

Na segunda-feira, 11, o CRI passou por uma grande limpeza com a ajuda de um caminhão de combate a incêndios do Corpo de Bombeiros, que jogou água em todos os lugares, inclusive no teto.

Feitos atendimentos de saúde.

No período da tarde, foi realizada uma reunião com representante da Secretaria do Trabalho e Bem Estar Social de Roraima (Setrabes). Foi definido que dois imigrantes irão participar da tarefa de fazer pão, com a ajuda de parte da verba do governo federal que foi usada para comprar farinha de trigo.

Na terça-feira, 12, missionária da Fraternidade participou de reunião com um delegado da Receita Federal, para ver a possibilidade da Fraternidade receber alimentos que foram apreendidos na fronteira para serem doados ao abrigo, e também de veículos.

Container

Recebido no abrigo um pequeno container que foi alugado pelos Mórmons pelo período de seis meses e que servirá de depósito para alimentos, doações, equipamentos de saúde e materiais de artesanato. Os Mórmons também doaram duas mesas grandes com quatro bancos para a atividade de artesanato.

Voluntária que acompanha a atividade de artesanato conseguiu através da Setrabes, uma barraca de artesanato no Parque Anauá, para os indígenas exporem seus produtos durante os domingos.

No período da tarde, no Núcleo-Luz de Figueira em Roraima, houve outra reunião da Missão Roraima e o acompanhamento de transmissão de evento da Fraternidade.

Reunião na UFRR

Na quarta-feira, 13, realizada uma reunião com os líderes indígenas, onde foram expostas as novas regras do abrigo e situações de saúde.

Atendimentos de saúde realizados por membros da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).

No período da tarde, uma reunião na Universidade Federal de Roraima (UFRR) entre a Fraternidade e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), tratou de questões de alimentação na cidade de Pacaraima e regras do abrigo de Boa Vista.

Outra equipe de missionários recolheu em um comércio de Boa Vista uma nova doação de alimentos feita pelos Mórmons (biscoitos, achocolatados e sal).