Iniciativa ajudou a levantar recursos para o 9º Festival da Juventude pela Paz, ocorrido em Salvador no último domingo (28).

Vista de fora, a ampla varanda da casa aconchegante na Vila Planalto em Brasília, mais parecia a vitrine de uma grande loja. Araras e cabides exibiam roupas coloridas. Nos balcões improvisados eram expostos sapatos, bijuterias, utilidades domésticas e até brinquedos. “Quem passava pela rua sentia como se estivesse passando na frente de uma loja mesmo. Muitas variedades, tudo arrumadinho e bem organizado”, conta Helda Pinheiro, coordenadora da Rede-Luz de Brasília, associação vinculada à Fraternidade – Federação Humanitária Internacional.

A estratégia para atrair público não visava a obtenção de lucros comerciais, pelo contrário. Os 12 voluntários liderados por Helda sabiam que a causa do trabalho coletivo era nobre.

A 12ª edição do “Bazar da Paz”, ocorrido no final de semana dos dias 13 e 14 de julho, arrecadou recursos que foram destinados à organização do Festival da Juventude pela Paz, realizado em Salvador no dia 28 de julho.

O “Bazar da Paz” acontece a cada dois meses, sempre com produtos ofertados pela comunidade e pelos membros da Rede-Luz de Brasília. “Todos nós doamos. E o legal é que todos os membros da Rede-Luz doam e compram. Além disso, recebemos ofertas de nossos amigos que não são da Rede-Luz para doação”, diz Helda.

O espaço que abriga o bazar é cedido por dona Lúcia Guimarães à Rede-Luz de Brasília há 3 anos. “Ela era amiga de um dos membros da Rede-Luz e agora é amiga de todos nós. É um bazar muito esperado, todo bairro fica aguardando”, conta Helda.

Foram dois dias bastante agitados na casa da dona Lúcia, com muita gente entrando, escolhendo e adquirindo os ítens cuidadosamente selecionados. Cerca de 400 peças foram comercializadas. Além de ceder a casa, dona Lúcia se ofereceu para cuidar da alimentação dos voluntários. “Ela faz uma comida vegetariana deliciosa. Ela nem sabia fazer, mas aprendeu. É um momento de muita integração, de harmonia, de alegria, esse momento da refeição lá com ela”, conta Helda.

Duas voluntárias, Ana Paula Cavalcante Vieira e Dulcemar Coelho, são as responsáveis por deixar tudo organizado, como se fosse uma loja de departamentos. Separam as peças, colocam preços e ainda ficam no atendimento dos frequentadores. “A Ana Paula e a Dulce conhecem todos. Elas já sabem o que as pessoas gostam e o que não gostam. Elas tomam conta do caixa e fazem as anotações das peças, o quanto cada pessoa levou”. Ressalta Helda. “O bacana do bazar é que todos ficamos felizes. Nós, porque estamos ajudando a levantar um recurso para ajudar outras pessoas; e quem compra, porque está fazendo uma ação feliz. É muita emoção”, finaliza a coordenadora da Rede-Luz de Brasília.