“Ainda que eu falasse línguas, as dos homens e as dos anjos, se eu não tivesse amor […]” (Paulo de Tarso: I Epístola aos Coríntios, versículo 13)

Sessão de Tai Chi

“Estou muito feliz. Chegar até aqui foi um presente inesperado. Tudo me soou familiar: as pessoas, o acolhimento e também a Presença de Maria, que sempre esteve comigo. É como se a Mãe Divina estivesse nos mostrando a força da união e a necessidade de vibrar pela paz e pelo amor para todo o mundo”, relatou a jovem cantora Maya, a respeito do Festival.

A 8ª edição do Festival da Juventude pela Paz ocorreu na cidade de São Paulo no último dia 21 de outubro.

O Festival começou com uma sessão de Tai Chi, ministrada pela mestra Jerusha Chang. Tai Chi é um treinamento da natureza aplicado na movimentação circular da energia vital, o que promove equilíbrio, paz e saúde. Na ocasião, ocorreu uma cena comovente e inusitada: uma criança portadora de Síndrome de Down que participava da aula pediu o microfone após a sessão de Tai Chi e entoou um cântico que falava do amor, sensibilizando e surpreendendo positivamente todos os presentes.

Sintonia com gongos

Na sequência, foi servido um lanche gratuito vegano e, logo a seguir, houve uma sintonia com gongos com Jorge Peña. Os gongos são instrumentos antigos e poderosos que levam aquele que escuta a um estado de profunda meditação, que relaxa todo o corpo e produz um momento único de harmonia e cura nos campos físico, emocional, mental e espiritual do indivíduo.

A música dos gongos anunciou e preparou o início da primeira transmissão ao vivo do evento pela internet por intermédio da Misericórdia Maria TV. Vibehouse, banda que mistura ritmos e agrega a riqueza da música popular brasileira em suas letras e melodias, abriu a transmissão com uma boa “vibe” no palco. A cantora e compositora Nicole Salmi fez um “pocket show” com sua música brasileira contemporânea, expressa em sua voz singular.

O atributo do Festival (“Irradiar Amor: Em tudo, que o amor atue primeiro”) foi entoado pelo Coral da Juventude pela Paz. No meio da canção do atributo, Rufino, do Núcleo de Serviço Crer-Sendo, declamou uma letra com o ritmo de rap, mandando uma mensagem de paz que falava sobre o despertar da humanidade para uma vida mais harmônica.

Henrique Moretzsohn e Gabriela de Paula finalizaram a primeira transmissão com uma homenagem ao filósofo espiritualista brasileiro José Trigueirinho Netto. Eles cantaram “Sopro do Espírito”, música cuja letra é de autoria do filósofo. Trigueirinho é uma fonte de inspiração e de instrução para o Festival da Juventude pela Paz e faleceu recentemente na Comunidade-Luz Figueira, situada no sul de Minas Gerais, Brasil.

Mesa redonda

A “mesa redonda” girou em torno do tema: “Juventude Missionária: quando o amor atua primeiro”. Os jovens componentes da mesa compartilharam experiências de vivências missionárias. Assim como o Festival, a Juventude Missionária pela Paz é uma das iniciativas da Campanha da Juventude pela Paz. As jornadas missionárias da juventude estão acontecendo em várias cidades do Brasil e do mundo. É um ramo da campanha que atua no serviço humanitário e no auxílio aos Reinos da Natureza. Participaram da conversa: Marcela Pardini, que comentou um pouco da experiência da Juventude Missionária em Belo Horizonte; Tássio Tesser, jovem coordenador da Casa de São José, em Carmo da Cachoeira (MG), que acolhe moradores de rua; Sarah Grossi, que testemunhou sua experiência na Missão Roraima Humanitária; e Natália Miyazaki, que anunciou a próxima Jornada da Juventude Missionária na cidade de São Paulo.

Roda: dança grupal

O Núcleo de Serviço Crer-Sendo conduziu a “roda”: atividade de dança grupal e circular que, desta vez, ficou multicolorida, porque os participantes empunharam e movimentaram um pedaço de bambu com uma fita de cor na ponta.

O almoço vegano e gratuito foi elaborado pela equipe do Centro de Educação Infantil (CEI) Ananda Marga, em uma parceria com a Campanha da Juventude pela Paz. Saiba mais sobre a alimentação do Festival aqui.

À tarde, a programação seguiu com o Instituto de Educação Projeto Accordes, a Banda de Jovens Crer-Sendo, o cantor Vinicius e a Banda Dínamo.

Manobra de bike

No meio da tarde, uma rampa de skate foi montada no ambiente do festival. O público se admirou e ficou em torno, curioso. Um skatista, um “BMX” (que anda de bike na pista) e um monge subiram na rampa. Antes das manobras com o skate e com a bicicleta, foram lidos os “Atributos do Skatista da Paz”. Os atributos revelavam que o esporte pode ser uma atividade para se conectar com níveis profundos do ser e para expressar valores, tais como: a fraternidade, a cooperação e a paz.

“Em alta velocidade, encontrar dentro de si o controle e a serenidade absoluta” e “sorrir diante de cada queda, reconhecendo-a como uma oportunidade de recomeço” foram dois dos 20 atributos da lista.

A banda Big Up deu a partida eletrizante para a segunda transmissão ao vivo pela Misericórdia Maria TV. A banda levantou o público com seu som envolvente e com uma forte presença no palco.

Maya e Madayati

Madayati e Maya, dois jovens compositores, dividiram o palco. Madayati, nome artístico que significa “aquele que bebe da fonte”, comentou sobre o festival: “Eu acredito na energia da cooperação. A arte está atrelada à doação. O festival é um símbolo de doação, onde cada um se doou por inteiro, com o coração aberto. São pessoas do bem fazendo coisas boas, se responsabilizando e trazendo o melhor à tona”.

Composto por jovens de várias cidades do Brasil, o Coral da Juventude pela Paz finalizou a transmissão ofertando uma música, com letra em espanhol, chamada: “Tu Alma”. Trata-se de uma invocação musical ao contato interno com o Eu Superior: “Sente em teu coração / Escuta em teu interior / Tua Alma te chama”, ressoaram os versos derradeiros da canção.

A grande cerimônia do Festival da Juventude pela Paz terminou com a oferta do sacramento da comunhão ecumênica.

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