Parte  7 – Megaterremoto e Tsunami do Japão/2011 – II
Tema: Cura planetária, Cura da Humanidade

Leia antes a introdução da Parte 6 – Megaterremoto e Tsunami do Japão/2011 – I

Onda Japao

  • Março/2011. O Japão sofre um fortíssimo terremoto, que desencadeia um enorme tsunami. A grande ilha treme violentamente, a ponto de quase entrar em colapso. O terremoto alcança 9 Graus na Escala Richter, e estima-se que tenha liberado uma força 600 milhões de vezes maior do que a da devastadora bomba de Hiroshima, energia suficiente para abastecer, por um ano inteiro, uma cidade como Los Angeles, e que se liberou em um movimento único, em 5 minutos. Foi tão potente que inclinou o eixo da Terra em 20 cm, freou sua rotação e encurtou os dias em 1,8 μs (microssegundos).
  • Às 14h46 (fuso horário local), do dia 11/Março, a 130 km da costa oriental do Japão, e a 32 km dentro da crosta terrestre, a Placa tectônica do Pacífico desliza-se imperceptivelmente sob a ilha. O colosso de rocha maciça que adentra comprime-se e se retorce, e a descomunal tensão que se cria nesse deslocamento acumula-se no sistema, até que algo se rompe bruscamente. Fortes tremores começam a se propagar e os sensores em terra os registram.
  • O terremoto gerou na superfície uma força ainda mais aterradora, um tsunami. Quando a crosta se fraturou, 400 km do leito do oceano elevaram-se mais de 3 metros, deslocando mais de 100 bilhões/m3 de água, sob forma de gigantescas ondas, que inicialmente se propagam a mais de 800 km/hora, velocidade bem próxima à de um jato comercial. Quando um tsunami se aproxima da terra ele se desacelera acentuadamente, mas à medida que o mar torna-se mais raso, as ondas crescem mais e mais, alcançando até os 14 m de altura, neste particular evento.
  • Ás 15h20, as grandes ondas começam a assolar a costa leste do Japão. Ao norte, o mar entra em erupção, avança e invade terra adentro, sem contenção, devastando impetuosamente estruturas e construções à beira-mar, portos e povoações, engolindo em suas águas poderosas e turbulentas, dezenas de centenas de veículos, embarcações de pequeno e grande porte, como se fossem meros brinquedos de papel. Povoações litorâneas inteiras convertem-se em mar em poucos minutos, e dezenas de milhares de pessoas são pegas desprevenidas; uma árvore é envolvida pelas águas em segundos; após 3 minutos elas atingem mais de 8 m de altura, chegando a avançar mais de 10 km terra adentro. Uma inundação de proporções bíblicas!
  • Em apenas 11h o tsunami cruzou todo o Oceano Pacífico, percorrendo quase 8.000 km, a uma velocidade média de 725 km/h, para tocar finalmente a cidade de Santa Cruz, Califórnia, EUA.

Tempo de sofrimento, tempo de libertação.

Em Fukushima, um pesadelo do mundo torna-se realidade

  • O grande sismo e o apocalíptico tsunami que se seguiu atingiram gravemente a Central Nuclear de Fukushima I, a apenas 145 km da linha da fratura tectônica, e uma das mais bem dotadas de medidas de segurança do mundo. Às 15h42, quando o tsunami se aproximava, um engenheiro nuclear, ao se dar conta de sua dimensão, pressentiu que algo terrível se anunciava, pois a Central está protegida por diques de apenas 5,7 m de altura, irrisórios para as ondas tsunâmicas esperadas de mais de 14 m de altura.
  • Ao primeiro alarme seus reatores I, II e III apagaram-se automaticamente, interrompendo também a produção de energia elétrica. Normalmente eles podem usar a energia da rede externa local para sua refrigeração e para a sala de controle, porém a rede foi igualmente danificada pelo implacável terremoto. O sistema a diesel de emergência entra em funcionamento, mas se deteve abruptamente pela chegada do tsunami, que inundou tudo.
  • Inundados, os geradores diesel tornaram-se inoperáveis. Em caso de qualquer parada, os reatores necessitam ser imediatamente refrigerados, pois seus bastões nucleares não podem se hiperaquecer. Assim só resta como última medida o sistema de bombas de emergência que funcionam com baterias e que possuem carga de apenas 8 horas. E o relógio continua avançando inexoravelmente!
  • O Japão acabara de sofrer 2 golpes letais: primeiro, um violento terremoto; segundo, um apocalíptico tsunami; e está prestes agora a sofrer um terceiro, tão devastador quanto os dois primeiros juntos, pois o evento sísmico está a ponto de se converter em uma catástrofe nuclear, ante uma possível fusão nuclear de seus núcleos atômicos.
  • Enquanto Fukushima está prestes a sofrer um desastre nuclear, centenas de milhares de pessoas lutam pela vida ao longo da costa leste do Japão, onde o tsunami em seu ponto mais alto alcançou 38 m acima do nível do mar.
  • Em Fukushima, o pesadelo do Japão, e do mundo, torna-se realidade: as baterias esgotam-se e então um evento sísmico torna-se uma catástrofe nuclear: uma violenta explosão arranca o teto do edifício do Reator I; e dois dias após, outra forte explosão afeta o edifício do Reator III. Assim, com todos os sistemas automáticos desativados, só resta às autoridades uma decisão única e salvífica: o envio de equipes humanas a uma área altamente radiativa para resfriar manualmente os reatores. Trezentos bombeiros passaram a trabalhar em equipes de 50, bombeando água do mar aos reatores, e arriscando suas vidas para tentar evitar uma catástrofe planetária ainda maior. Assim se expressou o bombeiro-líder dessas almas de sacrifício: “Para transcender o medo da radiação, que todos nós tínhamos, estava unicamente o senso do dever.” A grande fuga de radiação desintegradora e letal de Fukushima foi classificada mais tarde no nível 7, o mais alto de uma escala de desastres nucleares, como o foi igualmente o alarmante acidente nuclear de Chernobyl.

O Comissário europeu de Energia, Oettinger, G., dirigiu-se ao Parlamento Europeu, em 15/Março, esclarecendo que o desastre nuclear foi um “apocalipse”. Como a crise nuclear entrou no segundo mês, os peritos reconheceram que Fukushima Daichi não é o pior acidente nuclear de todos, mas é o mais complicado. Os peritos nucleares afirmaram que Fukushima ficará na história como o segundo pior acidente nuclear… embora não tão nocivo como o desastre de Chernobyl  , foi pior que o acidente de Three Mile Island  . Levariam meses ou anos para se saber quão nefasto foi a liberação de radiação para a saúde humana, o suprimento alimentar e a zona rural ao redor. (Fonte: Fukushima, Wikipedia).

  • Cenas indescritíveis, que falam por si e tocam o profundo de nossas almas, podem ser contempladas em imagens e vídeos que foram gravados. Em profundo respeito e reverência pelas almas que viveram tais experiências pela humanidade, só nos resta imitar o grande exemplo da Fraternidade Cósmica que nos guia: prostrar-se e orar de coração: “Os grandes sábios guardiões das estrelas prostraram-se para implorar por misericórdia e perdão.”

Tempos de sofrimento, tempos de libertação…
Sois capazes de separar do crescimento a dor?
Se assim for, tereis cruzado o umbral que guarda a Terra futura

Do livro: Paz interna em Tempos Críticos, de Trigueirinho, pág 9

O Documentário: Japón, Catástrofe imprevista (‘Megaearthquake, thal shook Japan’), serviu de base para este texto.

O Tema da Cura Planetária deverá prosseguir!