Membros da Rede-Luz Norte e Nordeste se reuniram de 12 a 16 de outubro no Sertão de Alagoas, próximo ao município de Palmeira dos Índios, para atender comunidades indígenas. Seus 25 integrantes, que formaram o grupo da Rede-Luz Planetária da Fraternidade – Federação Humanitária Internacional, incluíram representantes dos estados brasileiros de Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. Entre os voluntários, diversos profissionais da área de saúde, como médicos, farmacêuticos, enfermeiros e estudantes de Medicina.

Visitas domiciliares

A primeira Missão Sertão da Fraternidade ocorreu em novembro de 2014 e a partir do mês seguinte o grupo deu prosseguimento às atividades na região através de várias Oficinas Missionárias. O trabalho é realizado em parceria com a Instituição Caritas.

Nesta 6ª Missão foram atendidas 200 famílias da Comunidade Indígena Quilombola da Tabacari, e 17 da Comunidade Indígena Cafurna, da etnia Xucurus Kariri. As atividades tiveram início com uma sintonia de alinhamento e logo depois o grupo se dividiu em duplas que se apoiaram mutuamente na organização das doações e dos materiais utilizados no dia.

Atendimentos de saúde

Foram realizados 167 atendimentos médicos, 26 atendimentos veterinários e 10 visitas domiciliares, além de doações de alimentos, medicamentos fitoterápicos, ferramentas agrícolas, utensílios domésticos, roupas, calçados e artigos de uso pessoal. O grupo também elaborou e ofertou uma cartilha com indicações do uso de ervas medicinais existentes na região: “A farmácia viva é uma realidade no Sistema de Saúde do Brasil, e em função disso priorizamos a indicação das plantas oficialmente reconhecidas como medicinais”, relata uma das coordenadoras do grupo.

Este trabalho no Sertão de Alagoas tem aprofundado nosso aprendizado em relação à ajuda humanitária e ao serviço abnegado”, resumiu Celina Santos, membro da equipe.

Atividades com as crianças

O grupo agora está estudando possibilidades de na próxima missão ajudar a Comunidade Quilombola a resolver o problema da água salobra (aquela que apresenta mais sais dissolvidos – cloretos – que a água doce e menos que a água do mar). Ela é utilizada pela comunidade como potável, porém gera muitos casos de pressão alta entre os moradores, inclusive entre as crianças.

Já a Comunidade Cafurna solicitou ajuda do grupo na construção de um ou dois banheiros dentro da aldeia, atividade que o grupo pretende incluir na próxima missão, a ser realizada no primeiro semestre de 2018.