Mais de 30 pessoas que cultivam o desejo de ajudar o próximo voltam a se encontrar nesta semana para mais uma etapa do treinamento básico que um voluntário de missões humanitárias precisa ter. Esse é o terceiro mês consecutivo que essa turma se reúne para aprender a lidar com situações que são constantes nas missões organizadas pela Fraternidade – Missões Humanitárias Internacionais, que já realizou 22 em diversos países e mantém ajuda permanente em alguns, como em Roraima (Brasil), onde administra, desde 2016, cinco abrigos que recebem refugiados venezuelanos.
As atividades, realizadas durante uma semana por mês, novamente serão feitas em Carmo da Cachoeira, Minas Gerais (Brasil), cidade onde a Fraternidade está sediada, mantém uma missão permanente que leva o nome do município e é direcionada à população carente; e local, normalmente, dos treinamentos periódicos dos voluntários que participam de suas missões. Desta vez, a equipe de aprendizes está fazendo um curso de primeiros socorros, ministrado por três instrutores da TEI Soluções – Training Emergency Industrial, empresa especializada nessa área, explica Imer, coordenador dos treinamentos e um dos missionários mais antigos da Fraternidade.
A parceria com a TEI , fundada há mais de 12 anos, é importante nesta fase do treinamento de missionários, diz Imer, uma vez que é uma companhia reconhecida nesse tipo de instrução, qualificando os socorristas com base nas normas trabalhistas do governo federal, da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas e nas regras internacionais da National Fire Protection Association e da Normativa Europeia.
“Esse curso agrega todo tipo de emergência, seja em caso de incêndio, de salvamento e também as químicas. Para os missionários, que atuam em ambiente de conflitos ou com pessoas que fogem de conflitos, é importante porque aborda tratamentos a feridos, seja por arma de fogo, explosão ou ocasionado por lesão ou doença. Não é só um treinamento voltado para ambientes urbanos. É mais avançado: é para atender qualquer tipo de vítima”, afirma Breno Botelho, um dos sócios-fundadores da TEI e instrutor de resgate e emergências médicas, de combate a incêndios e busca e salvamento em áreas remotas, há mais de vinte anos.
Aulas práticas, teóricas e simulados
Essa formação de socorrista envolve conteúdo teórico, mas também aulas práticas e simulados – alguns serão realizados à noite. Segundo Mariandja, também coordenadora e missionária da Fraternidade, a turma vai aprender sobre biossegurança, biomecânica do trauma, como avaliar um paciente que precisa de primeiros socorros, trauma músculo esquelético, imobilização e transporte de pessoas que precisam de primeiros socorros, parto de emergência, entre outros temas relativos à atuação de um socorrista.
Imer observa que a equipe encerra essa etapa do treinamento, que no total tem duração média de 15 meses, com certificado de socorrista nas mãos. Mariandja lembra também que esse aprendizado é para a vida toda. “Mesmo que o participante nunca saia em uma missão humanitária, ele poderá se deparar algum dia com uma situação de urgência, aplicar esses conhecimentos e salvar vidas. E isso já é ajudar o próximo”, afirma.
As missões humanitárias organizadas pela Fraternidade são realizadas por voluntários e financiadas por doações espontâneas. Se você quer ajudar o próximo, as causas animais e ambientais, participando de missões humanitárias, ou se deseja colaborar de outra maneira para que elas continuem a levar ajuda a quem precisa, envie e-mail para secretaria@fraterinternacional.org
