“A humanidade violou a lei de cooperação e está expiando esta transgressão” – Helena Roerich

Juventude Missionária pela Paz de Belo Horizonte uniu-se aos missionários da Fraternidade – Federação Humanitária Internacional na Missão em Brumadinho, Minas Gerais, no dia 16 de fevereiro de 2019.

Minas Gerais, estado do Brasil que tem no próprio nome a indicação da sua riqueza mineral, teve ao longo de sua história, estreita relação com a atividade minerária. Desde os bandeirantes no século XVI em busca de pedras preciosas, passando pelo ciclo do ouro até a atual extração dos recursos minerais. O rompimento da barragem de rejeitos oriundos da mineração afetou todos os seres da região atingida e mobilizou os jovens missionários mineiros (que significa tanto o operário que trabalha em mina, quanto o que é natural ou habitante de Minas Gerais).

Os jovens missionários atuaram na fazenda onde estão os animais resgatados. Em sua maioria, os animais acolhidos estão em boas condições físicas, entretanto, no comportamento de alguns animais, é possível notar prováveis efeitos da ação do desastre, tais como: medo e insegurança.

Impacto na juventude

Alexandre Magno Martins, participante da missão, expressou que “foi impactante perceber os desdobramentos do desastre que atingiu não só seres humanos, mas todos os animais a eles associados, em especial os cães. Foi impactante tomar consciência de que cada um daqueles animais possuía uma história com as pessoas atingidas e que eles sofrem com isso. Ao me aproximar das baias dos cães, eles ansiavam por qualquer demonstração de carinho. Os voluntários tentavam sanar essa necessidade de amor da forma como era possível, por exemplo, se dispondo a passear com cada um dos animais. Perceber a realidade do sofrimento desses seres vivos me marcou, e me fez ver o quão necessário é o trabalho junto ao Reino Animal”.

Uma parte da equipe realizou tarefas na área dos cavalos. Ampliando a expressão proverbial segundo a qual “o cachorro é o melhor amigo do homem”, pode-se dizer que o cavalo, ao longo da história da humanidade, também é um dos mais fiéis companheiros, presente tanto em tempos de paz (no trabalho rural) quanto em tempos de guerra (na montaria de combate).

Os jovens missionários auxiliaram na limpeza das baias, especialmente retirando teias de aranha do telhado. A cerca de madeira que circunda o local foi pintada e as rações dos animais foram organizadas.

Érika Marinho comentou sobre a disposição do grupo: “Acho que o que mais me chamou a atenção foram os integrantes da missão! Fiquei impressionada com o engajamento do grupo, a serenidade e o acolhimento com o próximo! Era fácil sentir a boa energia que todos emanavam e como essa vontade de ajudar motivou e deu forças para que todos desempenhassem as mais diversas tarefas o dia todo! Sou grata por ter participado dessa vivência de puro amor fraternal e espero poder participar de outras!”.

Informações sobre a Juventude Missionária pela Paz:

www.juventudepelapaz.org