Com gratidão pelo que recebe e dá

O Parque Francisco de Assis, situado na cidade de Lavras, Minas Gerais, a 237 km de Belo Horizonte, Brasil, veste-se de feira a cada domingo para assistir à jornada festiva que acontece na praça Dr. Augusto Silva, em Lavras, uma atividade organizada pela prefeitura da cidade.

De domingo a domingo, com um certo número de cães do canil do Parque e com a ajuda constante de voluntários, entre os quais alunos da Universidade Federal de Lavras (UFLA), todos se fazem presentes, colocando-se muito bem em um ponto da praça, que já é uma referência na atividade dominical.

Ali difundem o trabalho de amor e dedicação que desde 2010 realizam no Parque, conscientizando as pessoas sobre o respeito aos Reinos da Natureza. Destacam, assim, a porta que abrem para facilitar, pela gratuidade, o acesso a uma adoção consciente e responsável. A dita adoção pode levar-se a cabo na mesma praça e é esperada por qualquer um dos protagonistas. São doados cães resgatados das ruas que superaram, com a atenção recebida, os maus-tratos que sofreram, tornando-se exemplo para qualquer ser humano.

Rifa como instrumento de arrecadação

Sem dúvida, em 23 de setembro (domingo), indo um pouco mais além do que é esta louvável rotina semanal, aproveitando o espaço e com a determinação de contribuir o máximo possível para suprir as necessidades financeiras requeridas pelo cuidado de 450 cães, a equipe organizadora estendeu sua rede de amor. Receberam, com muita gratidão, cestas de produtos cosméticos de marcas renomadas, que lhes foram entregues como doação.

A equipe organizou uma rifa com o propósito de arrecadar fundos e, assim, apoiar a causa, para cobrir as necessidades econômicas, que aumentam cada vez mais. A exceção fica por conta das rações que a equipe recebe da prefeitura, conforme explicam Elda Bonilha e Elvira Alves, voluntárias do Parque e organizadoras da atividade da feira de adoções dominicais da praça. De maneira constante e amorosa, elas também dedicam seu domingo à causa.

Oportunidade de ser parte

“Cada pessoa pode ajudar com o que está ao seu alcance, mesmo que considere que é pouco, pois no fim se torna uma única e grande coleta impregnada da boa intenção dos participantes”, comenta Jessika Vieira, referindo-se à rifa. Ela é estudante de Zootecnia da UFLA e voluntária no trabalho do Parque.

“Nós sempre vimos à praça aos domingos e nos aproximamos dos cães. Assim, fomos nos inteirando do serviço que o Parque oferece com pessoas voluntárias e à base de doações. Hoje, nós nos sentimos parte da tarefa, podendo apoiar a causa, com a compra da rifa. É um trabalho muito bom, admirável”, expressa, de maneira entusiasta, Júlio Silva, que, junto com sua companheira, Vitória Dumay, se deleita com a presença dos animais.

Rosaine Aparecida acordou cedo, com uma sensação agradável, mas estranha, acompanhada de um impulso de passar pela praça. “Decidi vir passear na praça. É estranho, realmente. Nunca faço isso. É a primeira vez e foi muito bom encontrar-me aqui com estes cães formosos e graciosos e com as pessoas da instituição. Emocionei-me muito ao vê-los e também ao ouvir as histórias de alguns cães. Por hora, não posso adotar, mas comprei a rifa, já que senti a necessidade de fazer algo e, ainda que seja pouco, sei que, assim, colaboro com seus cuidados, sua manutenção e com uma nobre causa. Definitivamente, foi bom ter levado em conta o que senti. Sem dúvida que, no outro domingo, estarei por aqui”, afirmou.

As organizadoras e os voluntários, em geral, mostram-se muito agradecidos com tudo o que lhes chega ou pode chegar que não seja de origem animal – doado por particulares ou empresas privadas – e que possa ser usado para fazer rifas que arrecadem fundos para a manutenção do canil, o cuidado dos animais, medicamentos, cirurgias, pagamento dos empregados, entre outros gastos que eles têm diariamente.

QUER SER VOLUNTÁRIO?
ANIME-SE! É FÁCIL!

“O principal é ter boa vontade e ir até lá”, concordam firmemente os estudantes da UFLA que estão presentes na atividade da praça e que se organizam uma ou duas vezes por semana com a universidade e, às vezes, de modo independente, para participar.

Há oportunidades de serviço para todos os gostos: limpar os boxes, dar banho nos cães, cuidar do jardim, cozinhar para as pessoas, cozinhar para os animais (principalmente os cães no setor de cura), limpar a casa e passear com os cães. Também há oportunidades para todos sem distinção de idade, raça, sexo ou credo. “Não há desculpa para não se entregar a esta causa, que nos eleva como seres humanos”, acrescentam os estudantes, com convicção.

Mais informações:

www.parquefranciscodeassis.com.br