Comunicação Não Violenta

O setor de Treinamento e Desenvolvimento da Fraternidade – Federação Humanitária Internacional (FFHI), está oferecendo um curso de Comunicação Não Violenta para os seus missionários matrizes. A primeira oficina foi realizada em outubro, de modo virtual, contou com dezessete participantes. Os outros encontros estão previstos para acontecer nas próximas semanas.

O Conteúdo

Comunicação Não Violenta

Baseado no livro de Marshall Rosenberg, “Comunicação não violenta, uma linguagem de vida”, o curso está sendo conduzido por Angélica Baglivo, missionária e gerente regional do Alojamento de Trânsito de Manaus, , juntamente com Maraití,  missionária da Fraternidade – Humanitária (FFHI).

Os recursos utilizados, oferecem uma metodologia de ampliação da consciência, para se analisar e transformar a forma de falar e ouvir. Segundo Angélica o objetivo é justamente “abordar os elementos teóricos e práticos da comunicação não violenta para rever a nossa forma de comunicação”.

Ela explica que a Comunicação Não Violenta é uma ferramenta de comunicação, “essa ferramenta nos fornece técnicas para apurar a observação, os sentimentos, as necessidades e as solicitações, tanto em relação a nós mesmos, quanto na  nossa relação com os outros”.

No campo da observação, Angélica cita a frase de Chistiane Goffard: “A observação é um ponto capital na resolução de conflitos, pois faz a diferença entre o que é e o que se pensa ser. É um espaço onde o diálogo se torna possível”.

Diálogos Pacificadores – O Não Julgamento

Esse curso será um complemento muito importante no  aperfeiçoamento do serviço prestado nas Missões, uma vez que o diálogo pacífico já faz parte da condução dos processos nos abrigos gerenciados pela Fraternidade – Humanitária (FFHI), conforme abordado na  recente matéria publicada neste portal, em homenagem ao Dia Internacional da Não Violência.

A tarefa missionária coloca colaboradores e missionários em contato com inúmeras pessoas, de distintas procedências e culturas, e nesse sentido, a comunicação não violenta traz  um contributo fundamental no estabelecimento de uma convivência pacífica. “Entendemos que na medida em que nos pudermos apropriar desses novos paradigmas de comunicação, alguns dos nossos aspectos internos e externos serão modificados para nos aproximarmos e aprofundarmos naquela comunicação compassiva, que se torna essencial em cada elo que estabelecemos.” relata Angélica.

E aprofunda a explicação, “muitas vezes observamos os fatos e os julgamos imediatamente, o que coloca o outro na defensiva e fecha o diálogo. É por isso que é essencial formular as nossas observações de forma neutra, limitando-nos a descrever os fatos, sem acrescentar qualquer opinião ou interpretação.”

O Treino da escuta atenta, do respeito e da empatia

Comunicação Não Violenta

É um ato de compaixão colocar-se à disposição do outro para ouvi-lo. É justamente aí que se estabelece mais facilmente o diálogo, nessa escuta, conforme descrito livro de Marshall Rosenberg “a comunicação não violenta promove o desenvolvimento da escuta atenta, do respeito e da empatia, e estimula o desejo mútuo de se doar de coração”.

Como resume Angélica, “na medida em que possamos exercer essa comunicação com uma linguagem que não compara, que não julga, que assume responsabilidades, que expressa os nossos sentimentos, que mantém empatia, ouvindo o outro, ouvindo a nós mesmos, poderemos construir uma convivência mais pacífica e harmoniosa.”

Este curso é mais uma das iniciativas da Fraternidade – Humanitária (FFHI) que aprofunda o trabalho da promoção da paz.

“À paz se chega quando se ama a paz”, Trigueirinho

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