No dia 9 de julho, o grupo Rede-Luz Joinville, com a participação de integrantes da Rede-Luz das cidades de São Bento do Sul, Balneário Camboriú e Florianópolis, todas no estado de Santa Catarina, Brasil, participaram de um mutirão para o revestimento da Opy (Casa de Oração) da Aldeia Tekoá Tarumã, dos índios da etnia Guarani, localizada no município de Araquari, que fica cerca de 25 quilômetros da cidade de Joinville.

O trabalho começou logo pela manhã, com uma oração silenciosa. Em seguida, cerca de 40 pessoas participaram do mutirão, entre integrantes e colaboradores da Rede-Luz, estudantes, professores e índios da aldeia. A tarefa foi utilizar o barro para revestir a Casa de Oração. Durante o mutirão, houve música e dança guarani, com grupos de pessoas se revezando como forma de descanso. Por volta das 15h a tarefa foi finalizada e o grupo trocou impressões e depoimentos sobre o que cada um sentiu ao trabalhar na tarefa com o barro.

“Através do barro unimos nossas intenções na construção de um espaço que é sagrado na aldeia. Foram momentos que aumentaram a chama do amor, da simplicidade, da doação e da paz que existe dentro de nós”, disse Valeria Seoane Standt, colaboradora do grupo Rede-Luz.


Aldeias indígenas
Na região de Araquari existem dez aldeias indígenas, onde o grupo tem procurado ajudar nas principais necessidades, com as doações que recebem. Além desta aldeia guarani, o grupo já levou roupas para mais três aldeias: a Pindoty, a Jabuticabeiras e a Tarumã Mirim.
“A Tekoá Tarumã é uma aldeia estratégica no encaminhamento geral das necessidades tanto dela quanto das outras desta região. Trabalhamos para levar ao resgate de seus valores, tradições, religiosidade e cultura. Temos procurado nos aproximar e ampliar suas relações conosco”, disse Luís Siqueira, coordenador do grupo.

As visitas nas aldeias ocorrem aproximadamente a cada 15 dias.
“Dependemos de recursos financeiros, alimentos, roupas e calçados e mão de obra provenientes de colaboradores. Nossa posição na atividade que temos junto às aldeias é a de interface entre as necessidades das aldeias e os doadores, inclusive de mão de obra’, explicou Luís.

Povos Originários
Maria em suas aparições de 12 e 13 de abril de 2016 indicou, entre outras pautas, que se atuasse no resgate das Consciências européia e indígena, levando os descendentes europeus da região a equilibrar, por meio da caridade, da compaixão e do serviço a condição desfavorável a que ficaram constrangidos os Povos Originários desta região, no que se refere às suas condições de vida, à sua cultura, tradições e religiosidade, à partir da intervenção dos colonizadores europeus no espaço geográfico que ocupavam os índios antes da chegada dos homens brancos.

“Há um sentimento geral de contentamento dos participantes desta corrente do bem, a cada movimento que fazemos nesta direção, de que se gesta um embrião de uma árvore que possa, talvez, vir não só a dar muitos e bons frutos, como também, com seus troncos, galhos e ramos em processo de crescimento, vir a abraçar e ofertar sua sombra a um número maior de irmãos pertencentes aos Povos Originários”, finalizou Luís.