Técnica pode contribuir para mitigar problemas vividos por vítimas das crises humanitárias

Desenho Terapêutico

Missionárias da Fraternidade – Federação Humanitária Internacional (FFHI) participaram de uma formação on-line sobre Desenho Terapêutico, realizada em sete encontros, e oferecida pela equipe da Pedagogia de Emergência da Espanha.

A prática de desenhos terapêuticos poderá ser utilizada tanto nos abrigos sob gestão da Fraternidade – Humanitária (FFHI) quanto em missões em que seja chamada a colaborar, no Brasil ou em outras regiões do planeta.

“Essa forma de trabalhar a arte, pode ajudar as pessoas que passam por momentos difíceis, como em uma crise humanitária, por exemplo, pois elas podem descobrir seu potencial e elevar a autoestima. Também pode trazer calma ao entregar-se a algo novo, diferente do que se está vivendo no momento. E se o focalizador atuar com respeito e amor, pode ajudar muito na atividade” – explica a missionária Lucía.

Desenho Terapêutico

Traçando contornos, analisando sentimentos

Conforme explicou a focalizadora do curso, Diana Tessari, em situações caóticas, de crise, traumáticas o desenho figurativo ajuda no sentido que diante de um objeto o observamos e vemos algo real. Um contorno curvo e não reto, por exemplo. Evita a interpretação e perda da realidade fortalecendo a organização interna. Ajuda também a pessoa a centrar-se. Pode reconhecer o mundo e amar o mundo através dessa experiência do desenho. Traz tranquilidade e precisão.

Desenho Terapêutico

Nesse tipo de desenho, as pessoas são levadas a olharem para fora de si, conectando-se com o que está observando, além de exercitar o interesse na ação, ao criarem traços, linhas ou uma superfície colorida, chegando à forma que está diante delas.

Desenho Terapêutico

Diana Tessari pediu aos cursistas para usarem as cores do arco-íris, pois, desta forma, cria-se um atmosfera luminosa e bela. “O arco-íris nos traz alegria, calorosa entrega de amor a todos os seres do mundo”.

Desenho Terapêutico

A proposta nesse exercício, segundo a focalizadora, é criar um jogo entre a luz e a escuridão. “Precisa de força e coragem para entrar na escuridão”, ressalta.

O processo é mais importante que o resultado

“O curso foi muito bom. Fizemos um ‘passeio’ através da arte do desenho de uma forma terapêutica. Ao finalizar cada uma das aulas senti paz interna” – relata a monja, avaliando que o processo no desenho terapêutico é mais importante que o resultado. “Pode proporcionar alegria e satisfação, quando percebemos que o estar inteiro na ação traz resultados surpreendentes”.