O Parque Francisco de Assis, também conhecido como o “Canil de Lavras”, localizado na cidade de Lavras, Minas Gerais, Brasil, tem um trabalho de 8 anos totalmente dedicado ao serviço voluntário de proteção aos Reinos da Natureza. Suas ações solidárias de proteção aos animais têm transcendido fronteiras. Com um mesmo amor, têm um trabalho dedicado ao Reino Vegetal, que pode observar-se em toda a extensão do parque.

O que não é tão óbvio a olho nu, mas que inspirou organizações relevantes para a questão, tanto em nível nacional quanto internacional, é o saneamento ambiental e o tratamento de resíduos, que – já por 7 anos –, em associação com a UFLA, Universidade Federal de Lavras, são realizados nas instalações do parque. Isto tem provocado o interesse, de diferentes setores, de saber sobre o projeto e levar esse modelo para suas localidades. O exemplo mais recente foi da prefeitura do município de São Bernardo do Campo (SP), que marcou presença, por intermédio do gestor ambiental da mencionada prefeitura, Gilberto Marson.

Disposição para compartilhar

No meio da manhã da segunda-feira, dia 12 do mês de novembro, como estava pautado, o diretor de gestão ambiental da prefeitura de São Bernardo do Campo, Gilberto Marson, apresentou-se nas instalações do Parque Francisco de Assis para conhecer o funcionamento do Parque e de todas as suas atividades que, em relação ao ambiente, foram ali desenvolvidas. Foi recebido pelas coordenadoras da área, Augulucia Martins, Lenilze Rezende e Patrícia Miranda Reis, que de maneira imediata criaram um ambiente agradável, em que a conversa espontânea não se fez esperar.

Colocando à disposição toda sua experiência ao longo desses anos, as coordenadoras forneceram informações, principalmente sobre o canil. Desta maneira, o diretor foi notificado com detalhes do aspecto administrativo em relação à manutenção, passando pela logística, até concluir a parte operativa, que, em si, seria o processo de atenção aos cães, o qual é executado por voluntários. Facilitando uma primeira parte de sua pesquisa, elas responderam a todas as perguntas que ele ia fazendo.

Saneamento Ambiental

Desde o início da aplicação do Projeto de Saneamento Ambiental, a professora Camila Silva tem sido a responsável por ele, além de ser um elo entre o Departamento de Engenharia da UFLA e o Parque Francisco de Assis. Como coordenadora do projeto, ela se encarregou de facilitar toda informação pertinente a Gilberto Marson.

Em uma exposição ampla, ela deixou claro que o objetivo do projeto é tratar todo resíduo gerado no parque, evitando, assim, contaminação do meio ambiente e promovendo a saúde pública. Ela se referiu aos resíduos das águas provenientes da limpeza das baias e à necessidade de encaminhá-los e tratá-los. Mostrou que isso foi desenvolvido em várias fases e de acordo com o que o seu monitoramento constante ia indicando, sempre com o propósito de melhorar, tendo em conta a legislação ambiental. Em relação aos resíduos sólidos, ela comentou que deles é obtido um composto para uso nos jardins e pomares do parque, respaldado com análises químicas realizadas previamente, nas quais se constatou que era apropriado para tal uso.

A professora Camila, além das informações que prestou, forneceu a Gilberto Marson um boletim recém-criado pela UFLA, cujo conteúdo abrange todo o projeto com detalhes, garantindo-lhe que foi escrito em uma linguagem simples. Em seguida, ela lhe disse que estará à disposição para pessoas ou entidades que se mostrarem interessadas.

Caminhada guiada

Com um clima favorável e após a conversa, o aconselhável era iniciar a visita pelas instalações do parque. Portanto, a caminhada foi realizada sob a orientação das coordenadoras e da professora. Elas conduziram Gilberto Marson às baias, onde ele foi recebido pelos cães saudáveis. Posteriormente, elas lhe mostraram a área de cura, na qual se encontram as salas de cirurgia, enfermaria e farmácia. E, assim, em sua jornada, tendo a oportunidade de apreciar o verde do parque, onde há áreas de recreação para os animais e onde também podem ser apreciadas as bananeiras, terminou a primeira fase.

A seguir, iniciou-se a segunda etapa do percurso, assumida pela professora, que levou Gilberto Marson até o setor do filtro biológico aerado e submerso, que foi dimensionado. Além disso, o sistema, segundo a professora Camila, foi construído com tanques de fibra de vidro e contém brita como material de apoio, para facilitar o cultivo do capim vetiver, pasto que contribui para controlar a erosão do solo e manter ou melhorar a qualidade das águas. Uma vez lá, Gilberto Marson ouviu com grande atenção as contribuições da professora, que levaram a novos diálogos e aos seus respectivos esclarecimentos.

No exercício do amor incondicional

Gilberto Marson, satisfeito e visivelmente emocionado, manifestou uma clara disposição de levar o modelo de parque como projeto para sua cidade. “Não tenho como não acreditar nisto. Agora, quero – muito mais que antes – construir [esse projeto] junto com os protetores e com o Ministério Público e dividir as responsabilidades. Sem dúvida, fazer um censo [antes]”, expressou. Posteriormente, dando continuidade ao acolhimento e para fechar o encontro, as coordenadoras ofereceram a Gilberto Marson um almoço especial vegetariano, elaborado por elas, o qual foi gratamente aceito e muito elogiado. Assim como também lhes foi agradecido o apoio e toda a atenção prestada, a qual, uma vez mais, deixa em evidência a maior finalidade do prédio: o exercício do amor incondicional.

 

Para mais informações, visite:

www.parquefranciscodeassis.com.br