Fillipo Grandi conversou com indígenas venezuelanos e verificou de perto a resposta humanitária oferecida em apoio aos refugiados acolhidos em Roraima.

A Missão Roraima Humanitária atua desde 2016 no atendimento aos imigrantes venezuelanos que cruzam a fronteira em busca de uma vida melhor no Brasil.

Atualmente cerca de 1.900 pessoas recebem apoio humanitário nos cinco abrigos gerenciados pela Fraternidade – Federação Humanitária Internacional em Roraima. O trabalho conta com o apoio do Alto Comissariado para os Refugiados (ACNUR), entidade das Nações Unidas (ONU).

A vinda de Fillipo Grandi ao Brasil faz parte de uma visita estratégica do chefe da ACNUR à América do Sul. Na semana passada ele esteve no Chile, onde também esteve reunido com lideranças governamentais e outras organizações humanitárias que atuam com refugiados venezuelanos.

O objetivo é buscar “mais apoio da comunidade internacional para países e comunidades que abrigam venezuelanos”, segundo comunicado divulgado pelo ACNUR.

Para a missionária Clara, Coordenadora Geral da Missão Roraima Humanitária, a visita de Fillipo Grandi ao abrigo Pintolândia coloca o Alto Comissário em contato direto com a realidade dos refugiados venezuelanos, especialmente a imigração indígena.

É uma visita que trará maior visibilidade sobre a gravidade da situação dos imigrantes venezuelanos. Os caciques entregaram para ele uma carta com várias petições em nome dos indígenas venezuelanos atingidos pela imigração forçada. A presença do Fillipo Grandi aqui deverá chamar ainda mais a atenção para a crise na Venezuela e atrair assim mais apoio para ações emergenciais de suporte aos refugiados não só aqui em Roraima, mas também em outras regiões do Brasil que tem dado um exemplo de acolhimento e integração através do processo de interiorização para outros Estados”, ressalta Clara.

Mais de 500 indígenas venezuelanos são atendidos atualmente no abrigo Pintolândia em Boa Vista. A maioria são crianças. A Fraternidade atua também na resposta humanitária na cidade de Pacaraima, fronteira com a Venezuela, no abrigo indígena conhecido como Janokoida, atualmente com 443 Indígenas.