refugiados-venezuela-missao-roraima-cuarto-grupo-01Afim de estabelecer uma base permanente de serviços em Boa Vista, capital do estado de Roraima, no extremo norte do Brasil, um quarto grupo de missionários da Fraternidade – Federação Humanitária Internacional, viajou a essa cidade, o qual prosseguirá com a Missão Roraima Humanitária de auxílio aos imigrantes venezuelanos. A delegação chegou a seu destino no meio-dia do dia 15 de dezembro, quinta-feira, e permanecerá até o dia 4 de janeiro de 2017, quando será substituído por um quinto grupo.

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Núcleo-Luz de Figueira em Boa Vista

A base permanente a ser criada, a pedido dos Mensageiros Divinos, funcionará numa Casa de São José que será fundada pela Fraternidade e cumprirá tarefas complementárias ao Núcleo-Luz de Figueira em Boa Vista, que também está sendo instalado.

O grupo que viajou agora está composto por 11 voluntários, dos quais duas são venezuelanas. Uma delas ficará para integrar a junta executiva que coordenará o Núcleo-Luz de Figueira em Boa Vista.

Os voluntários se unirão aos monges da Ordem Graça Misericórdia que já estão a serviço naquela região de fronteira com a Venezuela, assim como aos colaboradores da Rede-Luz, aos voluntários que estão surgindo na própria cidade de Boa Vista e aos funcionários dos órgãos públicos que começam a apoiar a tarefa.

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Vigília de oração no Núcleo-Luz de Boa Vista

Síntese
“Este quarto grupo vai com a intenção de sustentar o que já conseguiu, organizar as ajudas voluntárias que estão crescendo e promover sua continuidade, assim como trabalhar para alcançar um outro objetivo: obter um lugar permanente onde os refugiados que não tenham onde ir possam pernoitar. Também precisamos de mais apoio voluntário dos profissionais da região na área da saúde. Nós continuaremos com a nossa tarefa orante e de difusão dos códigos de vida fraterna que conhecemos”, descreveu Clara, coordenadora do quarto grupo missionário.

Fazendo uma síntese dos 44 dias que a missão leva, ela disse que o primeiro grupo de missionários abriu as portas, obtendo um importante apoio do comércio local com doações de alimentos, roupas e medicamentos; o segundo grupo aprofundou esses contatos, despertando o interesse de outros grupos caritativos e dos órgãos públicos, obtendo a primeira resposta concreta do setor governamental: a inauguração do Centro de Referência ao Imigrante (CRI).

Enquanto isso, o terceiro grupo, que deixará Boa Vista nos próximos dias, desenvolveu sua tarefa no CRI, somando seus esforços à colaboração prestada pelos habitantes da região e pelos próprios venezuelanos na área de saúde, no setor jurídico (documentação dos refugiados), na provisão de alimentos e no cuidado dos menores.

Amontoados

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Clara relatou que chegam à região muitos refugiados, não somente da Venezuela, mas também de Cuba, Haiti e das Guyanas, em busca de melhores condições de vida. Chegam profissionais de nível superior, técnicos e também gente sem escolaridade, que de momento sobrevivem prestando serviços diversos nas ruas, nas casas, e vivem acampados em alguns bairros de Boa Vista. Segundo dados oficiais, são cerca de 6 mil os registrados nessa cidade, enquanto que em todo o estado de Roraima superam os 30 mil. Também estão os não registrados, em sua maioria Indígenas, que se alternam constantemente.

A Missão Roraima Humanitária foi solicitada pela Virgem Maria numa mensagem transmitida em 24 de outubro de 2016, através do vidente Frei Elías del Sagrado Corazón, monge da Ordem Graça Misericórdia. A missão tem o propósito de aliviar o sofrimento dos que, forçados pela aguda escassez de alimentos, medicamentos, emprego e descontrolada inflação que aflige a Venezuela, abandonam seus lares, sós ou com toda sua família, em busca de uma luz de esperança.