MISSÃO RORAIMA HUMANITÁRIA

Bandeira BrasilData: Desde novembro de 2016
Local: Boa Vista e Pacaraima, Roraima, Brasil

A Missão Roraima Humanitária é uma resposta à crise que levou milhares de venezuelanos a cruzar a fronteira para o Brasil. Tornou-se uma iniciativa permanente quando foi identificada a real dimensão da situação dos refugiados.

Em 2016, a Fraternidade – Missões Humanitárias Internacionais (FMHI) iniciou o atendimento à população migrante, em princípio, articulando com governo local e posteriormente, de agosto de 2017 a dezembro de 2021, atuando como parceiro implementador da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR). 

Desde 2018 integra a Operação Acolhida, a resposta humanitária do governo federal brasileiro frente à crise na Venezuela executada pelo Exército Brasileiro no estado de Roraima. 

Em maio de 2021 inaugura o Centro Cultural e de Formação Indígena (CCFI), um projeto desenvolvido com o apoio da Operação Acolhida. Esse espaço tem como objetivo ofertar, gratuitamente, cursos profissionalizantes e oficinas de capacitação à população indígena proveniente da Venezuela, Guiana e do Brasil, possibilitando, desta forma, condições para que alcancem a autonomia socioeconômica.

Além das iniciativas de capacitação da população indígena, a Missão Roraima Humanitária permanece com o serviço de apoio aos mais necessitados, mantendo sempre como princípio básico o alívio da dor e o resgate da dignidade humana.

Atuação

  • Gestão de 1 abrigo em Pacaraima, 4 abrigos na cidade de Boa Vista e o Alojamento de Trânsito de Manaus (ATM).
  • Foco de atuação com refugiados indígenas, os quais são as populações mais vulneráveis nesta situação de crise humanitária.
  • Apoio na prestação de serviços de alimentação, saúde básica, abrigamento, educação, gerenciamento de conflitos e proteção.
  • Desenvolvimento de atividades de arte-educação em emergências para as crianças e adolescentes, que por meio de atividades lúdico-educativas, visam a redução de traumas pelo deslocamento forçado, além de oferecer um espaço seguro para a detecção e prevenção de casos de proteção.  Cerca de 50% da população dos abrigos é composta por crianças.
  • Elaboração e gestão de projetos de meios de vida e soluções duradouras, valorizando e preservando a cultura indígena.

Abrigos em Roraima

Pintolândia

Acolhimento e proteção de refugiados indígenas da etnia Warao. Abriga  cerca de 590 pessoas, das quais, 310, em média, são crianças.
Boa Vista, Roraima, Brasil.

Jardim Floresta

Acolhimento e proteção de refugiados indígenas, principalmente das etnias Warao e E’nepa. Está em funcionamento desde dezembro de 2020. Abriga  cerca de 450 pessoas, das quais, cerca de 220, são crianças. Boa Vista, Roraima, Brasil.

Janokoida

Acolhimento e proteção de indígenas venezuelanos da etnia Warao. Abriga  cerca de 390 pessoas, das quais, cerca de 200, são crianças. Pacaraima, Roraima, Brasil.

Nova Canaã

Foi reativado para atender especificamente indígenas venezuelanos refugiados. Acolhe em torno de 300 pessoas, das quais, cerca de 45% são menores de 18 anos. Boa Vista, Roraima, Brasil.

Tancredo Neves

Boa Vista, Roraima, Brasil.

Acompanhe a Missão

Linha do Tempo

Conheça alguns marcos da atuação na Missão Roraima Humanitária

2016

Primeira instituição a chegar a Boa Vista para oferecer assistência aos migrantes venezuelanos.

2016-2017

Inicia a gestão do abrigo Pintolândia para indígenas e não indígenas em Boa Vista, em parceria com a SETRABES e a Defesa Civil.

2017

Inicia a parceria com o ACNUR e assume, como parceiro implementador, a gestão dos abrigos não indígenas: Tancredo Neves e Nova Canaã, além dos abrigos indígenas Pintolândia e Janokoida.

2018

Inicia parceria com o UNICEF para a  implementação do projeto de Educação “O Bem Comum”. Integra-se à resposta do governo federal a Operação Acolhida.

2019

Assume a gestão do Alojamento de Trânsito em Manaus (ATM) como parte do Programa de Interiorização, desenvolvido pela Operação Acolhida. Inicia projeto de WASH (abastecimento de água, saneamento básico e promoção de higiene) em parceria com o UNICEF.

2020

Foi convidada pela Operação Acolhida e pelo ACNUR, para assumir a resposta humanitária em todos os abrigos indígenas no estado de Roraima, Brasil.

2021

Atua na gestão dos 5 abrigos indígenas em Roraima, Brasil e no Alojamento de Trânsito de Manaus, Amazonas, Brasil.

Em maio de 2021 inaugura o Centro Cultural e de Formação Indígena (CCFI), um projeto desenvolvido com o apoio da Operação Acolhida.

Dezembro de 2021 – Encerramento das atividades em parceria com o ACNUR.

2022

Intensifica os projetos de formação continuada e abre espaço para que indígenas oriundos da Guiana e de etnias brasileiras da região também participem das capacitações, de projetos culturais e de inclusão socioeconômica.

Fortalece o diálogo com a comunidade e organizações locais para conhecer pontuais demandas e avaliar, em conjunto com estas, como os seus setores de intervenção podem contribuir para a construção de soluções duradouras que garantam gradual integração e autonomia das populações afetadas.